Remédios para serem evitados no Parkinson.
- Dr. Gabriel S. Froehner
- 6 de mai. de 2022
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Alguns remédios devem ser evitados por pessoas que tem a Doença de Parkinson, mesmo por conta do próprio mecanismo de ação e por poderem piorar os sintomas da doença. São eles:
Antipsicóticos de primeira geração: Ex.: haloperidol e risperidona, entre outros. Estes remédios atuam bloqueando a Dopamina, o que é justamente o oposto que a Levodopa faz. Usamos antipsicóticos em fases mais avançadas da doença por conta de alucinações e sintomas psicóticos, sendo preferidos a Quetiapina e a Clozapina.
Flunarizina e Cinarizina: são bloqueadores de canal de cálcio, usados com frequência por pessoas com vertigem e tontura. Não devemos usá-los de forma contínua, e principalmente, não usar em pessoas acima de 60 anos com Parkinson. Existem casos de Parkinsonismo em que a causa foi o uso crônico e abusivo destes medicamentos.
Metoclopramida: anti-emético, usado para náuseas, se for usado frequentemente pode piorar também os sintomas da Doença.
Biperideno: é um inibidor da Acetilcolina no sistema nervoso central. A Acetilcolina, entre outras funções, está relacionada com a atenção e memória. Logo, o Biperideno pode piorar a cognição principalmente em pessoas acima dos 60 anos, e por este motivo deve ser evitado.
Alfa bloqueador adrenérgico: Ex.: Doxasozina. Estes medicamentos são usados para tratamento de sintomas como jato urinário fraco na Hiperplasia de Próstata, porém, tem como efeito colateral relativamente comum a hipotensão postural (pressão fica baixa quando estamos em pé). Os pacientes com Parkinson já tem uma tendência maior a este sintoma, por isso prefiro evitá-lo. Lógico, que existem casos em que a medicação é necessária, sempre temos que avaliar os riscos e benefícios de cada medicamento.
Analgésicos Opióides: Ex: Tramadol e Codeína. Por conta do efeito colateral de constipação relativamente comum devemos evitar estes medicamentos no Parkinson, já que o intestino preso/ressecado é comum na Doença.
E sim, vale ressaltar que estas são apenas orientações, já que na Medicina sempre podem existir exceções.
Sempre procure seu Neurologista em caso de dúvidas sobre uso ou retirada de remédios.
Dr. Gabriel Sampaio Froehner
CRM 32344-PR RQE 23231