top of page
Buscar

O Jejum intermitente na Neurologia

  • Foto do escritor: Dr. Gabriel S. Froehner
    Dr. Gabriel S. Froehner
  • 28 de jan. de 2022
  • 2 min de leitura


O nome já bem conhecido “jejum” significa “não comer por um certo tempo” e “intermitente” vem do fato dos principais tipos de jejum serem feitos em dias alternados ou então durante 2 dias da semana.

O jejum intermitente (JI) faz com que o corpo gere energia através da quebra de gordura ao invés da glicose (acúcar).

Assim, são criados os corpos cetônicos, que servem de fonte de energia para o cérebro e outros órgãos.


Em geral, iniciamos este metabolismo das gorduras quando ficamos em jejum por cerca de 8 a 12hs, mas conseguimos mais benefícios quando alcançamos de 14 a 16hs.

Começar aos poucos, aumentando 30min a 1 hora de jejum cada mês pode ser uma boa estratégia inicial para se tentar chegar no tempo ideal. A idéia é atrasar o café da manhã ou antecipar o jantar para conseguir este jejum enquanto estamos dormindo na maior parte do tempo.


Benefícios:

O metabolismo destes corpos cetônicos aumenta a resistência do neurônio frente ao stress, através de vários processos biológicos, como a “limpeza” de radicais livres, renovação das mitocôndrias e estímulo ao gene do fator de crescimento neuronal (BDNF). Estes são processos vitais para o bom funcionamento cerebral.


O jejum intermitente auxilia na performance física e mental, com estudos demonstrando melhora principalmente na memória.

Sabe-se que o excesso de ingesta calórica durante os 30-40 anos predispõe a doenças como Parkinson e Alzheimer. Existe evidência científica em estudos com modelos animais que mostram que o JI pode atrasar o início e a progressão destas doenças.

Alguma evidência existe também na melhora do controle de epilepsia e da esclerose múltipla.


Mas por que então não fazemos o Jejum intermitente como um hábito?


Os principais bloqueios ao JI:

  • O senso comum de que devemos estar quase sempre comendo alguma coisa. (3 refeições por dia além de lanches nos intervalos).

  • Nos primeiros dias do JI alguns vão se sentir irritados e com pouca concentração no jejum, estes sintomas tendem a desaparecer após o primeiro mês.

  • A maioria dos médicos não sabem do que se trata o jejum intermitente.


Claro que não adianta muito fazer o JI e comer de forma desastrosa depois. O acompanhamento com nutricionista é essencial para saber se a ingesta de nutrientes necessários está sendo alcançada com o jejum.


Atenção: estas informações tem apenas cunho informativo e não substituem uma avaliação médica e nutricional.



Dr. Gabriel S. Froehner

CRM 32344PR / RQE 23231


Fonte: [1] R. de Cabo, M.P. Mattson, Effects of Intermittent Fasting on Health, Aging, and Disease, N. Engl. J. Med. 381 (2019) 2541–2551. https://doi.org/10.1056/nejmra1905136.

 
 
 

Gabriel Sampaio Froehner

Neurologista

CRM 32344-PR | RQE 23231

Consultórios

Londrina/PR

R. Professor Joaquim de Matos Barreto, 180

  • Whatsapp
  • Instagram
  • Facebook

Apucarana-PR

​Rua Miguel Simião, 315 | sala 07

Informe Legal

Dr. Gabriel Froehner é pessoalmente responsável pela produção, edição, adaptação e curadoria dos textos presentes neste site, além de sua manutenção financeira. Este site é orientado ao público leigo. As informações contidas em nossa homepage têm caráter informativo e educacional. O seu conteúdo jamais deverá ser utilizado para autodiagnóstico, autotratamento e automedicação. Em caso de dúvida, o médico deverá ser consultado, pois, somente ele está habilitado para praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina. O nosso site possui anúncios de terceiros. Não controlamos o conteúdo de tais anúncios e o nosso conteúdo editorial é livre de qualquer influência comercial. Este site utiliza cookies para lhe proporcionar uma melhor experiência. Ao navegar no mesmo, está a consentir a sua utilização.

© 2021 by Gabriel S. Froehner. 

bottom of page